O 12º Congresso Nacional da Fenajufe (Congrejufe), realizado entre 26 de abril e 1º de maio de 2025, em Foz do Iguaçu, Paraná, como amplamente difundido na mídia sindical, foi palco de importantes debates e deliberações para o futuro da categoria dos servidores do Poder Judiciário da União (PJU) e do Ministério Público da União (MPU). É importante resgatar, neste espaço, a atuação de Técnicos Judiciários em defesa de todos os servidores, em especial, da nossa carreira.
Grupo Unidos por Justiça (MG)

Entre as diversas representações sindicais e políticas presentes, destacou-se a atuação firme do Grupo Unidos por Justiça, formado por servidores e servidoras Técnicos Judiciários de Minas Gerais. Trata-se do grupo de servidores cuja chapa foi a mais bem votada na eleição dos representantes de Minas Gerais, compondo com 27 delegados/as e 13 observadores/as.
O grupo mineiro participou ativamente do congresso, demonstrando um forte compromisso com a defesa dos interesses dos Técnicos Judiciários. Sua atuação foi notória, especialmente ao resistir à proposta de suprimir da pauta de deliberações temas cruciais relacionados às descrições e atribuições dos cargos e à política remuneratória, para que esses assuntos tivessem o devido encaminhamento.
Em um momento marcante, o Grupo Unidos por Justiça reivindicou o destaque de uma proposta apresentada pela Técnica Judiciária aposentada Rosimare Alves R. Petitjean, associada da Anatecjus. A proposta buscava, principalmente, impedir qualquer mudança nas atribuições que impliquem em subordinação de um cargo a outro, além de buscar o reconhecimento da alta complexidade das tarefas executadas pelos técnicos judiciários, um pleito que se alinha à mudança da exigência de Nível Superior (NS) para investidura no cargo. Thiago Capistrano, Presidente da Anatecjus, reforçou a defesa da proposta, criticando qualquer tentativa de criar hierarquia entre os cargos e ressaltando que os Técnicos desempenham as tarefas de alto nível e enfrentam as mesmas exigências que os Analistas. Apesar da defesa, as propostas relacionadas a esses temas foram separadas para serem analisadas em grupos de trabalho para apresentação em evento posterior.
Além da atuação propositiva, o Grupo Unidos por Justiça também obteve êxito no processo eleitoral que definiu a nova coordenação da Fenajufe para o triênio 2025-2028. Concorrendo como Chapa 1, o grupo elegeu um representante titular, Eliana Leocádia Borges, e um suplente, Nélia Vânia Rodrigues de Matos, para a Diretoria Executiva da Federação, conquistando 30 votos. Na eleição para a Comissão Eleitoral, a chapa “Unidos por Justiça” já havia demonstrado sua força ao obter 75 votos, garantindo a participação de um titular e um suplente na composição da comissão.
Na apresentação da Chapa, um vídeo emocionante foi transmitido no evento, promovendo a defesa dos Técnicos e as razões para merecerem o voto dos participantes. Vejamos:
Grupo de Técnicos de São Paulo

Também com uma presença marcante no XII Congrejufe, o Grupo de Técnicos Judiciários de São Paulo, liderado por Samanta Pinheiro Gazelli e Adriana Rodrigues de Souza Graciano, ambas do TRT2, demonstrou força ao comparecer com uma delegação expressiva de 12 delegados/as e 5 observadores/as. O grupo contribuiu ativamente com propostas voltadas para o aprimoramento da carreira, as quais foram incluídas nos cadernos de plano de lutas e de reivindicação do evento.
Na ocasião da eleição da nova coordenação da Fenajufe para o triênio 2025-2028, o grupo paulista uniu-se à ala política do Democracia e Luta (D&L) somando-se a outros servidores para apoiar a candidatura de Fabio Saboia, Técnico Judiciário da delegação do Sintrajufe/CE, que foi eleito Coordenador de Finanças. A força política do grupo também foi evidenciada ao garantir uma vaga de suplente na coordenação para Samanta Pinheiro Gazelli.
Outros importantes grupos de servidores
A conquista de espaço na nova coordenação da Fenajufe foi vista por Thiago Capistrano como uma vitória importante para os servidores que buscam a redução das assimetrias entre os cargos de Técnico e Analista, representando um avanço na luta pelo fim do abismo remuneratório e da discriminação contra o cargo de Técnico Judiciário. A participação e atuação de grupos como o Unidos por Justiça, dos Técnicos de São Paulo, além dos demais servidores das delegações do Sintrajufe/CE, SintrajuRN e Sindijufe-MT, entre outros, foram fundamentais para o fortalecimento da nossa luta dentro do movimento sindical.
O 12º Congrejufe reafirmou a unidade da categoria e definiu um calendário de lutas que inclui indicativo de greve nacional pelo Plano de Cargos, Carreiras e Salários (PCCS). A presença e o engajamento do Grupo Unidos por Justiça, dos servidores de São Paulo e demais Estados, no cenário que se apresenta, demonstraram a força e a organização dos Técnicos Judiciários na busca por mais isonomia e equidade, como reconhecimento de sua importância para o PJU.
A ANATECJUS agradece o empenho de todos os Técnicos e, em especial, Analistas que endossaram a luta pela redução das injustiças às quais vêm sendo expostos os Técnicos do PJU e MPU.

